Cristo Rei ou Domingo da Misericórdia para a canonização de João Paulo II e João XXIII

VATICANO, 30 Jul. 13 / 08:57 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco revelou aos jornalistas a bordo do avião que o levou do Rio de Janeiro a Roma, que ainda não foi decidida a data em que se celebrará a cerimônia de canonização de seus antecessores João Paulo II e João XXIII, mas adiantou que poderia ser na Solenidade de Cristo Rei que se celebra em novembro, ou no dia 27 de abril de 2014, Domingo da Misericórdia.

Ao ser consultado sobre o modelo de santidade que para ele representam os dois Pontífices, o Papa Francisco assegurou que João Paulo II "foi um grande visionário da Igreja. Um homem que levou o Evangelho a todos. É um São Paulo. Um grande. Fazer a cerimônia de canonização junta é uma mensagem à Igreja: estes dois são bons".

Depois de recordar que "continuam em curso as causas de Paulo VI e João Paulo I", explicou que pensava realizar a canonização em dezembro próximo "mas há um grande problema: os pobres que têm que vir da Polônia".

"Os que têm dinheiro podem vir em avião, mas para os pobres que tenham que vir em ônibus a viagem em dezembro é muito difícil. Acho que temos que repensar a data. Vimos duas possibilidades, ou Cristo Rei deste ano ou no domingo da Misericórdia do próximo ano. Acho que temos pouco tempo para Cristo Rei deste ano", sustentou.

João XXIII, um sacerdote de povo

Sobre o Papa Bom, Francisco considerou que "João XXIII é um pouco a figura do padre de povo. O padre que ama cada um de seus fiéis e sabe cuidar de seus fiéis. E isto o fez como arcebispo, como núncio... É um padre de povo bom, e com um senso de humor muito grande e uma grande santidade".

O Papa recordou que quando Dom Angelo Giusseppe Roncalli -logo João XXIII- era núncio, "alguns não gostavam muito dele no Vaticano e quando chegava para levar coisas ou pedir alguma coisa nos escritórios, faziam-no esperar. Nunca se queixava. Rezava o terço, lia o breviário. Era um homem humilde. E também alguém que se preocupava com os pobres".

Além disso, relatou que "uma vez, o cardeal Casaroli voltou de uma missão, acho que na Turquia ou na antiga Checoslováquia e foi vê-lo para informar-lhe da missão, naqueles tempos da diplomacia de pequenos passos. Quando Casaroli foi embora, parou-o e lhe disse: excelência, uma pergunta: você continua indo visitar aqueles jovens presos na prisão de menores de Casal del Marmo? O cardeal lhe disse que sim e João XXIII lhe pediu: não os abandone nunca".

João XXIII "era um grande. Um homem que se deixava guiar pelo Senhor", disse Francisco.

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“Cristo bota fé nos jovens”, primeiro discurso do Papa no Brasil

RIO DE JANEIRO, (ACI/EWTN Noticias).- Em seu primeiro discurso no Brasil, realizado na cerimonia de boas-vindas, no Palácio Guanabara, o Papa Francisco revelou estar muito feliz em fazer a sua primeira viagem internacional, e mais ainda, por ser na América-latina. “Peço licença para entrar e transcorrer esta semana com vocês. Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, começou dizendo o Santo Padre.

No discurso, ele reforçou o motivo da sua viagem, “vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor”, disse. E afirmou que todas as diferentes culturas e de idiomas, não impedirá os peregrinos de, em Cristo, saciarem a fome de verdade e de amor, além de toda diversidade.

“Cristo abre espaço para eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo ‘bota fé’ nos jovens. (...) Também os jovens ‘botam fé’ em Cristo. Eles não têm medo de arriscar a única vida que possuem porque sabem que não serão desiludidos”, exortou o Santo Padre.

Retomando o tema que abordou com os jornalistas enquanto voava para o Brasil, sobre os estragos que a crise econômica está causando nos jovens, ele diz: “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo e, por isso, nos impõe grandes desafios. A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço”, pediu.

Ele também se dirigiu aos seus “irmãos no Episcopado”, deixando claro seu desejo de transmitir esperança para que continuem a “guiar o Rebanho de Deus neste imenso País, e às suas amadas Igrejas Particulares”.

Ao concluir deixou uma mensagem e um convide a todos: “Depois de amanhã, se Deus quiser, tenho em mente recordar-lhes todos a Nossa Senhora Aparecida, invocando sua proteção materna sobre seus lares e famílias”, finalizou.

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O mal no mundo

Por: Ir. Mairon, L.C.

"Deus viu tudo o que tinha feito: e era muito bom. Houve uma tarde e uma manha: sexto dia. Assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. Deus concluiu no sétimo dia a obra que fizera e no sétimo dia descansou, depois de toda a obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois tinha descansado depois de toda a sua de toda a sua obra de criação. Essa é a história do céu e da terra, quando foram criados" (Gen 1,31-2,4a).

Deus cria o homem a sua imagem e semelhança para estar em comunhão com Ele, para conhecê-lo e amá-lo nesta vida, e para viver feliz com Ele na eternidade. Diante deste verdade, podemos encontrar dois sentimentos contrastantes nos corações dos homens: abandono a Deus que é Pai, que está junto a mim e guia minha vida (Sal 130) ou dúvida e hesitação para confiar em Deus como Pai, seja pela debilidade da fé que pelo sofrimento experimentado na própria vida.

Se Deus criou tudo bem, porque existe o mal? Para os sábios e filósofos, o mal não existe; o mal é a privação de um bem devido. Se voltamos para nossa leitura sobre a origem da vida e do mundo e seguimos lendo o Gênesis, vemos que o homem vivia em harmonia consigo, com seu semelhante, com a criação e com seu Criador. No início do cap. 3 entra um novo personagem no cenário. A serpente - símbolo do demônio - engana Adão e Eva e os induz a transgredir o mandamento de Deus: "Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás" (Gen 2,16-17).

Deus cria o homem para viver em comunhão com ele, para fazer uma aliança de amor com ele que é amor. Por isto Deus o cria livre para que, experimentando seu amor, pudesse livremente escolher por ele; ainda sabendo que o homem é limitado, arrisca uma resposta contrária ao amor que deu ao homem. De fato, o homem acredita nas palavras enganadoras da serpente e ofende aquele que lhe tinha dado tudo o que havia; assim entrou o mal no mundo e os descendentes de Adão experimentam suas consequências. Afirma S. Paulo que por um só homem o pecado entrou no mundo e pelo pecado a morte passando a todos os homens (Rom 5,12). A alegria e paz que o primeiro homem gozava transforma-se em medo, divisão interior e morte (Gen 4,8).

Deus, não abandona a criatura plasmada por suas mãos, sua imagem e semelhança. No mesmo juízo que Deus faz ao homem lhe promete a salvação (Gen 3,15). Depois, intervém de muitos modos manifestando seu amor chegando a mandar seu próprio filho para que todo aquele que nele crer tenha a vida eterna (At 10,43). No plano eterno de Deus, todo o mal, especialmente o mal moral foi submetido ao bem da redenção e salvação mediante a cruz e ressurreição de Cristo. Cristo confirma com a sua vida e especialmente com seus sofrimentos que Deus está ao lado do homem que sofre, que Ele tomou todos os sofrimentos dos homens sobre si dando ao mesmo sofrimento um valor redentor e salvífico; foi por suas chagas que fomos curados (Isa 53,5). Em Cristo se ilumina o enigma da dor e da morte (GS 22). A mesma dor, quando vivida junto a Cristo, pode ser um caminho de purificação pessoal e de salvação para si e para muitas almas (Isa 53,10).

É pelo amor e fidelidade de Deus que podemos cantar com o salmista: "Celebrai ao Senhor porque ele é bom, porque o seu amor é para sempre!" (Sl 118).

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Como somos seduzidos pelo demônio?

Explicação de Gên. 3,1-6

Por: Anderson Pitz, L.C.

Qual foi o verdadeiro pecado de Adão e Eva? De que a forma o demônio lhes conduz para ir contra o mandato sublime de Deus: “De todos os frutos do jardim comereis, mas do fruto do bem e do mal, no centro do jardim, não comereis, se não, morrereis!”(Gên. 1,16-17

O relato do capítulo 3 de Gênesis ilumina as nossas mentes e nos faz conhecer-nos melhor, descobrimos a dinâmica do maligno que nos seduz a separar-nos do nosso verdadeiro ser filhos de Deus

A serpente é o mais astuto dos animais dos campos que o Senhor tinha formado. A serpente é identificada com Lúcifer, conhecido como o Anjo da Luz, a criatura mais bela que Deus tinha criado. Bela no Gênesis não é fisicamente, esta é uma consequência da perfeição interna. Sem dúvida, o Anjo da Luz, era um ser muito especial, dotado de amplas qualidades, que o faz superior às demais criaturas. Essa qualidade superior foi, infelizmente, o que o levou à sua perdição: pecado de orgulho e de soberba: “não servirei” como narra o livro do Apocalipse.

Aproxima-se a serpente à Eva e pergunta-lhe: “é verdade que Deus vos proibiu comer...”. Note-se que a pergunta vai diretamente à parte negativa. Deus deu ao homem todos os frutos e proibiu só um, o da árvore do bem e do mal. A serpente enfatiza só a proibição, não os dons. Assim é o demônio, nos faz ver como negativo o que vem de Deus, nos faz ver como um mal. 

A mulher respondeu: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim. Mas do fruto que está no meio do jardim, Deus disse: vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais”. Começa aqui o diálogo, que é certo, impossível de se evitar. Mas nós devemos evitar dialogar como diabo, a sua inteligência é muito superior à nossa e com facilidade pode nos enganar como fez com os primeiros pais. A resposta de Eva quase confirma a pergunta da serpente. Ela cita rapidamente que podem comer de todas as árvores, sem ponderar mais os dons de Deus (conf. Gên. 1,29-30) e conta a proibição.

Não narra só a proibição, Eva agrega um verbo mais: “tocar”. É um verbo de sensibilidade, o que significa que ela provava no seu coração desejo, atração pelo fruto da árvore do centro do jardim.

A resposta da serpente é imediata: “Oh não, não morrereis”. Essa afirmação vai diretamente contra as palavras de Deus, quer dizer que Deus é mentiroso. Que astuto é o demônio, ele engana com uma pergunta colocando-a em dificuldade, logo mostra como o que Deus tinha mandado no fundo era uma injustiça, uma mentira, um engano. Dá corda àquela sensação que os nossos primeiros pais tinham experimentado de provar do fruto proibido.

“Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal”. Eis a tentação. O diabo conhece bem do estamos formados, conhece as nossas debilidades. Provoca à paixão do poder, do conhecimento superior. Mas é um engano. Ele bem sabe que é assim. Contudo, temos que parar um pouco e perguntar: mas se o demônio sabe que não é verdade, por que ele quer o nosso mal, o nosso rebaixamento? Porque o demônio odeia tuto o que Deus ama e busca destruí-lo. O demônio tem uma vontade muito mais forte que a nossa pela sua natureza angélica, de espírito puro, e quando ele fez uma decisão, a sua vontade fica presa para sempre àquela decisão. No seu pecado decidiu não submeter-se à Deus, decidiu o mal. Ele sempre buscará o mal pelo puro motivo do mal e nada mais. A palavra Satanás significa em hebraico e em aramaico “oposição”, “obstaculizar a ação”, “impedir de agir”.

Essa é a tentação proposta e que brilha nos olhos do tentado: ser como deuses, conhecer o bem e o mal. Adão e Eva participavam de certa forma da natureza de Deus, pois eram seus filhos. Conheciam o bem de forma muito superior a nós. O que quero dizer com isso, que o que a serpente propõe é uma mentira. Oferece algo que eles já tem. Apresenta o mal como um bem, eis aqui a dinâmica da tentação. Quer que o homem e mulher tampouco sirvam a Deus, não o obedeçam.

Conhecer o bem e o mal é um pecado de falta de confiança em Deus. Ele é que dita o bem e o mal, Ele foi quem escreveu na natureza a moral que diz o que está bem e o que está mal. O homem que quer conhecer a ciência do bem e do mal quer, no fundo, construir a sua própria lei sobre o que está bem e o que está mal, e não seguir o que Deus lhe diz.

Esse foi o grande pecado de Adão e Eva: não confiaram em Deus, desobedeceram. Não conhecemos a natureza do pecado, qual foi o ato concreto. A maçã é um símbolo que indica o fato que o homem fez o que Deus tinha dito que não fizera. Esse pecado influenciou profundamente no homem, degenerando a sua natureza para toda a sua descendência. 



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O sentido do estudo



Por: Diego Passos, L.C.

Paixão e Missão. Penso que estas duas palavras resumem bem o que é o estudo. São dois motores complementares: não dá para entender um sem o outro. Estudar é uma paixão quando entendemos para que estudamos, ou seja, quando nos damos conta de que há uma missão. Estudar para si mesmo não seria estudo, seria um martírio, uma tortura. De que serviria embelezar-se com toda a sabedoria do mundo, sem outro fim que a própria vaidade? Estudar é sinônimo de entrega, de doação. Estudamos para ajudar os outros, para instruí-los na verdade: esta é a verdadeira missão do estudante. 

Está claro que quando vivemos cada momento de estudo com esta atitude, nós somos os primeiros beneficiados: servir os outros por meio daquilo que aprendemos é servir a nós mesmos. Por meio do estudo, conhecemos melhor o que nos rodeia. Como consequência, conhecermo-nos com mais profundidade a nós mesmos. Por outro lado, se formos capazes não só de conhecer-nos melhor, mas também de atuar conforme o que aprendemos, poderemos dizer que somos senhores de nós mesmos, que temos um verdadeiro domínio sobre as nossas vidas. 

Que emocionante, que apaixonante, é estudar assim! Se encontramos um sentido para o nosso estudo, esta difícil tarefa se tornará um prazer cada vez mais profundo. 





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