Coro dos Legionários de Cristo de Roma

Hallelujah Chorus de Handel


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Evagelii gaudium, a alegria do evangelho

por Wenderson Machado Pinto, LC 


Depois da JMJ no Brasil, que teve por lema “Ide fazei discípulos todas as nações!” (cf. Mt 28, 19), o Papa Francisco nos dá um grande presente, sua primeira exortação apostólica que tem por nome Evangelii Gaudium (Alegria do evangelho). 

Com esta exortação o Santo Padre nos quer mostrar a melhor forma de fazer discípulos de Cristo, que é através do testemunho da alegria de viver o evangelho no nosso dia a dia, pois segundo suas próprias palavras “A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. 

Fazer discípulos significa sair ao encontro de todas as pessoas, presentes em nossas vidas, através de nosso exemplo como verdadeiros amigos de Jesus Cristo e de sua Boa Nova, por isso Francisco nos convida “para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria” e nos quer “indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos”. 

A alegria do evangelho é uma alegria que nos abre aos demais, que nos tira do nosso mundo mesquinho e dos nossos próprios interesses, nos ajuda a escutar a voz de Deus que nos chama a ver-lhe no nosso próximo e que nos enche de um grande fervor para querer fazer o bem em todos os momentos. 

Mas, toda esta alegria do evangelho nasce de um encontro profundo e intimo com a pessoa viva, real e presente em todo lugar de Jesus Cristo. Através desta premissa o papa nos lança a seguinte convite: «Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar». 

É sempre bom recordar que, como já dizia Paulo VI, «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído» e por isso devemos proclamar, cantar e gritar com efusiva alegria como faz o salmista «Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Rompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o Senhor consola o seu povo e se compadece dos desamparados» (49, 13). 

Aqui temos o presente do Santo Padre que nos pode ajudar a crescer na alegria de ser cristãos e católicos convencidos de nossa fé em Jesus, em seus ministros e em sua Igreja, depende de nós querer fazer real as palavras escritas nele. Busquemos a leitura de esta maravilhosa exortação e do evangelho e deixemo-nos transformar por esta alegria, de modo que possamos anunciá-lo a todos as nações com o verdadeiro entusiasmo que trás Aquele que é «o caminho, a verdade e a vida» (cf. João 14, 6).

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Um caminho com Jesus Cristo, Amor Encarnado.

por Celso da Silva, LC



Cada ano é uma porta que se abre, é um passo mais nessa corrida na vida em que cada um de nos deve enfocar o mais importante para empreender esse caminho. Por isso quero recordar o pensamento que o Papa Francisco expos sabiamente no Ângelus do dia 6 deste mês, festa da Epifania. Refletiu sobre duas ideias belíssimas. A primeira falava do “duplo movimento”-Deus que se fez homem por amor a nós e nós que, através de “atração recíproca”, nos unimos a Deus que è amor. A segunda dizia que a estrela nos precede como aconteceu com os Magos do Oriente, essa estrela, Deus, nos precede.


Jesus já se encarnou por mim e por você… Tantas festas e tantos presentes em promoção talvez ocuparam a nossa atenção nesse ultimo Natal. Deus teve a iniciativa, para Ele não foi nenhum incômodo, aceitou esse primeiro movimento só por amor. O amor, na realidade, é movimento, é ação, é ato, é entrega, é loucura de um Deus que não guardou para si o seu Filho Unigênito (Rom. 8, 32). O amor que morava no céu, onde o tempo e o espaço inexistentes não permitem definir com palavras humanas o movimento amoroso de Deus, esse Amor grande e eterno coube num estábulo frio e pobre, esse Amor coube na estreiteza de uma manjedoura, Deus se fez homem para nós e para nossa salvação!

O Papa ressaltou que o segundo movimento è o nosso movimento em direção a Deus que acontece somente através de uma “atração recíproca”. A primeira carta de São João nos ajuda a entender essa beleza de “atração”, um termo embora físico, mas aqui analogamente bem profundo: “nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas Nele ter-nos amado primeiro…” (I Jo 4, 10). Nesse novo ano que nasce o nosso desejo è que essa atração amorosa entre Deus e cada um de nós seja intensa e constante. Para Deus não foi um mar de rosas descer a terra e salvar-nos, mas sabemos que, quando entra em jogo o amor, nenhuma loucura è extravagante, nenhum movimento è impossível, ao contrario, è uma necessidade do coração.

Por isso nos perguntamos: o que faremos por Deus neste 2014? Realmente estou aberto para deixar-me atrair pela graça e pelo amor de Jesus Cristo? Quem sabe existam ainda muitos que não querem ser atraídos por esse Amor que nos precede sempre, e um ano novo è, com certeza, um momento oportuno para quebrar as correntes do medo e do egoísmo que nos amarram. Lembremos que a salvação implica necessariamente o “duplo movimento”, o povo de Israel na travessia do deserto rumo a terra prometida è um exemplo extraordinário. E isso acontece também conosco, Deus sempre faz uma proposta de amor, o homem è quem deve responder livremente a esse amor que precede sempre.

A estrela precedia os Magos do Oriente, ia à frente, era luz para o caminho, era guia para chegar ao destino profetizado desde séculos e séculos. 2014 è uma parte do caminho da vida e temos que caminhar sempre. A primeira coisa que fazem os Magos è ver a estrela; qual è a estrela nesse novo ano? Com certeza, Jesus Cristo, Ele è a nossa estrela que vai na frente e nos leva ao destino. Se fecharmos os olhos da alma, se não quisermos ver esse maravilhosa estrela, continuaremos caminhando sozinhos, sem a ajuda de Deus-e quantos caminham assim!-podemos empreender o caminho, e não seremos capazes de evitar as escuridões, os erros, as quedas, os pecados. Sem Cristo não chegamos em lugar nenhum.

A estrela sempre deve nos preceder e só dessa maneira perceberemos que, com o correr dos dias e das semanas, sentiremos o cansaço normal de um viajante, as dificuldades do caminho não serão novidades, pois existe uma diferencia que muitos esquecem ou fazem questão de esquecer e que è muito importante: caminhar com Jesus e caminhar como se Jesus não existisse. Ver a Estrela, seguir a Estrela, amar a Estrela, só Jesus Cristo pode iluminar a vida e o caminho de cada ser humano neste Novo Ano que apenas està despontando.

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O livro de sua vida cada fim de ano


por Gabriela L. Moretti


Hoje fechas um volume mais do livro de sua vida. Quando começou este livro tudo era seu, Deus o colocou em suas mãos, podia fazer dele o que queria: um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração... podia... 

Hoje já não pode; não é seu, já tem escrito, agora é de Deus. O vai ler Deus no mesmo dia em que você morra, com todos os seus detalhes. Já não podes corrigi-lo. Passou ao domínio da eternidade.

Pense uns momentos nesta última noite do ano. Tome o seu velho livro e folheá-lo devagar, deixe passar as páginas pelas suas mãos e pela sua consciência. Tenha o gosto de ver a ti mesmo. Leia tudo! Repita aquelas páginas de sua vida que colocou seu melhor estilo.

Não se esqueça que um dos seus melhores mestres é você mesmo. Leia também aquelas páginas que você queria não ter escrito nunca. Não... Não tente arrancá-las, é inútil, tenha o valor e a força para ler-las. São suas, não pode arrancar-las, mas pode anulá-las quando escreva seu seguinte livro, se fizer, Deus passará estas rapidamente quando ler seu próximo livro no último dia.

Leia seu livro velho na última noite do ano. Nele está pedaços de você mesmo, é um drama apaixonante no qual o personagem principal é você. Você na cena com Deus, com sua família, em seu trabalho, na sociedade. Você escreveu com o instrumento assombroso do seu livre arbítrio sobre a superfície imensa e movediça do mundo.
É um livro misterioso que sua maior parte, a mais interessante, não pode ler mais ninguém além de Deus e você.

Se tem vontade de beijá-lo, beija-o! se quer chorar, chore! Chore forte sobre seu livro velho nesta última noite do ano. Mas sobretudo, reze sobre seu velho livro. Tome-o em suas mãos, levante-o ao céu e diga a Deus só duas coisas: “Obrigado! E Perdão!”... Depois entregue-o a Deus.

Não importa como esteja, ainda que tenha páginas negras. Cristo sabe perdoar. Esta noite Deus lhe dará outro livro branco e novo. É todo seu. Vai poder escrever nele o que queira.

Coloque o nome de Deus na primeira página e depois diga-lhe que não lhe deixe escrever só. Diga-lhe que sempre lhe leve pela mão e com o coração

FELIZ ANO NOVO!

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É Natal

por Edith Maria P. Fernandes


Natal festa do aniversário de Jesus Cristo.
Jesus que se fez menino-homem para habitar entre nós.


Ele despojou-se de tudo e se igualou a nós nas dores, nas paixões, na solidão, na alegria, na solidariedade.


Nesta entrega Ele quis nascer pobre e com esta condição revelar a nós que todos temos igualdade humana diante do Criador.


É no natal que nos tornamos mais sentimentais, mais humanos, mais próximos de Deus.


Cabe a nós alimentar nosso sentimento, nossa fé, seguir o Menino Deus que tem por nós tão grande amor, que mesmo comparado ao amor de mãe na terra, esta muito além de nosso entendimento e em uma grandeza infinita.


Sentiu o que todos nós sentimos, em tudo foi igual, exceto no pecado.
Deixou-nos livre para escolher o caminho a seguir.

Jesus que nos ama incondicionalmente e em todas as circunstâncias e sempre aguarda nossa volta.
Jesus que quer viver no meio de nós e em nós.
Jesus nosso salvador.
Jesus nosso redentor.
Jesus nosso irmão.

Este é o verdadeiro sentido do natal, celebrar esta festa cristã do nascimento de Jesus e por intermédio da fé praticar a caridade, fraternidade, amor.
Celebrar Jesus Cristo único senhor, caminho, verdade e vida.
Caminho que nos conduz de volta à casa do Pai.
Verdade que se revela por inteiro, distribuindo-se entre nós pela Eucaristia.
Vida plena quando vermos face a face.

Natal deveria permanecer em nossos corações todos os dias.
Como em cada amanhecer celebramos a vida, também deveríamos celebrar o natal de Jesus
Jesus que caminha conosco todos os dias até o fim dos tempos.
Que nunca esquece de nossa carência e nos dá um amor infinito sem nada pedir em troca.
Jesus que reina em nossa vida, em nosso coração se assim o deixarmos.
Este é o sentido do natal, acreditar nesta verdade que nos salva.


Feliz Natal!

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O sentido do Natal

por Douglas Ginkreski, LC




Que bom chegou o Natal!” eu dizia alegre, e logo me veio na mente os presentes, a ceia de Natal, a árvore com os enfeites, os magos e a estrela. Ah! É claro, também o papai Noel.

Mas enquanto pensava nisso chegou um garoto de oito anos de idade aproximadamente e me disse: “É chegou o Natal, e sei no que está pensando, mas você sabe o significado de todos os símbolos do Natal?”.
Sei somente de alguns” respondi impressionado com a pergunta do menino.

A ceia de Natal”, disse-me, “para muitos, é só uma ocasião para encontrar toda a família, mas ademais deste encontro familiar A ceia de Natal serve para recordar que a nossa verdadeira vida é Cristo, o Filho de Deus que estamos festejando. É o momento em que a família se reúne lembrando a ceia que Jesus fez com seus discípulos na qual Ele se entregou como alimento, através da Eucaristia.

A árvore é o símbolo da vida, por isso a enfeitamos para receber a verdadeira vida que é Cristo. A enfeitamos com sinos para que lancem no ar a grande mensagem do nascimento de Cristo; por isso o sino é sinal de anúncio e de alegria par todos.
As bolas coloridas significam os frutos daquela árvore viva; são os dons que o nascimento de Cristo nos trouxe: amor, perdão, oração, fé, verdade, docilidade e a Vontade do Pai por meio dos seus ensinamentos.

Agora por que todos dão presentes no Natal? Sabe responder-me?”
É... na verdade não sei”, respondi.
Quando gostamos de uma pessoa, nós a presenteamos”. Seguiu ele. “Assim Deus fez com os homens, Ele não só gosta de todos. Ele os ama! Por isso lhes presenteia o mais sagrado dos presentes. ‘Tanto amou Deus ao mundo que enviou seu Filho’”.
Eu estava maravilhado com o conhecimento do garoto. Como sabia tudo aquilo? Não sei. Mas ele seguiu falando.

Todos sabem que, quando nasceu Jesus, alguns magos vieram do oriente a procura dele; eles foram guiados por uma estrela de quatro pontas que representam as direções da terra, de onde vêem os homens para adorar a grande luz que é Jesus. A cauda luminosa nos aponta o caminho para chegar a Deus.”
Para ver se conseguia deixar-lhe sem resposta, perguntei-lhe: “Quem fez o primeiro Presépio? E qual é o sentido?”.

O presépio também tem seu sentido. O primeiro foi feito em 1223, por São Francisco de Assis, para interpretar a vida do homem a partir da de Cristo, representando a doutrina de Jesus que é pobreza, simplicidade, fé, humildade, docilidade e unidade da família”. Ele me deixou de boca aberta, pois nem eu tinha certeza destes dados. Ele falava com tanta segurança que parecia haver ajudado a São Francisco a construí-lo.
O que você diria de alguém que é convidado a uma festa de um amigo, e ao chegar nem se quer saúda àquele lhe convidou, não lhe dá um presente, um abraço. Só se preocupa de comer, dançar e rir?”. Perguntou-me, interrompendo a narração.
Este é um egoísta que não ama verdadeiramente a seu amigo” respondi.

O garoto começou a chorar e me disse: “É isso que muitos fazem comigo todos os anos” e começou a correr. Eu lhe perguntei gritando “E quem é você?”. Ele parou e me disse: “Eu sou Jesus” e nisso desapareceu.


Eu fiquei parado pensando em suas palavras. Muitas vezes atuamos assim. Fazemos o mesmo com Cristo, pois ao chegar o Natal, festa que celebramos o seu nascimento, nem si quer nos lembramos dele, pois estamos preocupados pelos presentes, comida e bebida.
Agora ao entrar em contato com os elementos do Natal, vemos que todos só têm sentido podemos ficar só no superficial, não podemos cultivar uma árvore sem raiz, porque sabemos que morrerá, por isso em primeiro lugar devemos lembrar-nos de Cristo, que é a raiz da festa do Natal, e sem Ele o Natal não tem sentido.


Antes de pensar ou de dar um presente a seus filhos e familiares, qual é o presente que dará a Cristo neste Natal?

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O Natal

por Edith Maria P. Fernandes


Deus nos coloca no centro de suas atenções. Pelo nascimento de Jesus, feito homem, Ele nos garante a salvação. Jesus assumiu nossas dores, nossos pecados, pagando com sua vida e seu sangue pela nossa salvação. Nasceu, viveu, morreu e ressuscitou para nos garantir, nos certificar da verdade de sua entrega. Para que acreditemos que também nós seremos resgatados à casa do Pai. Essa foi a razão de toda sua existência como homem Deus.

Celebrar o natal é celebrar a festa cristã, acreditando verdadeiramente num Deus feito homem que revela a nós a nossa condição divina e revela a condição humana de Deus. 

Um Deus que se preocupa conosco, que espera por nós, que perdoa, acolhe, ama incondicionalmente, que caminha conosco, que sabe tudo de nós.

Jesus é o rosto divino do homem, Jesus o rosto humano de Deus porque foi a sua imagem e semelhança que nos criou. Dotou-nos dos sentimentos de fé que nos cabe alimentar buscando a luz divina pelos ensinamentos da igreja e alimentando com a oração. Foi por nós sua entrega, seu sim, seu nascimento, para que acreditemos nesta verdade, a vida eterna.

Pelo nascimento de Jesus esta promessa se solidifica e se torna ao alcance de todos os que a querem, que a buscam, que acreditam, que esperam. 
Natal é também tempo de partilha, o trocar de presentes com os que amamos e também para com aqueles que nada tem. Partilhar é doar-se ao irmão, sem olhar a quem e sem esperar devolução. Como Jesus se doou por amor a todos nós, independente do que somos.

O sol brilha para todos. O verdadeiro sentido do natal é viver a fé, viver o amor a Deus, viver o amor ao próximo, colocando Jesus no centro desta comemoração. Celebremos o Natal de Jesus. O natal da solidariedade. O Natal cristão.

Feliz Natal!


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