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por Celso da Silva, LC
A Quaresma é um tempo litúrgico que a Igreja nos oferece para crescer no amor a Deus a ao próximo. Sabemos que a dinâmica do amor nesse tempo maravilhoso é a porta estreita que Jesus propõe a todos os cristãos: oração, jejum e esmola. Na verdade estes três aspectos que nos ajudam a viver melhor a Quaresma não significam só a porta estreita pela qual Deus nosso Senhor passou primeiro, não é a porta que se abre somente para entrarmos, mas é a porta que se abre para sairmos ao encontro do mesmo Deus através da oração e ao encontro dos irmãos com o jejum e a caridade.
O grande paradoxo divino, que São Paulo chama “a loucura da cruz” (1 Cor 1, 18), nos revela que ao entrar pela porta estreita saímos do nosso próprio mundo pessoal e interesseiro para encontrar-nos com Deus e com os demais. A pergunta agora é a seguinte: qual é a porta? Não cabe duvida que a porta central é o nosso coração contrito e humilhado que se assemelha ao coração manso e humilde de Jesus Cristo.
O coração do homem tem uma importância enorme em todo o antigo testamento e é por isso que Deus exorta o seu povo escolhido dizendo: “rasgai os vossos corações, não as vestes” (Jl 2, 13). O que significa isso? Significa abrir, escancarar essa porta para sair, para amar e assim nos converter profundamente, não só de uma maneira externa, superficial, porém conscientes de que Deus sempre vê e se deleita com um coração rasgado, contrito e repleto de arrependimento (Salmo 50/51). Esse clamor de Deus que se dirige ao coração humano é constante e de uma força irresistível em todas as páginas da história da salvação: “não fecheis os corações como em Meriba” (Salmo 94/95).
Nesta Quaresma o nosso coração rasgado deve se traduzir nessa abertura pessoal ao Amor que nos amou primeiro, a Jesus Cristo. A oração deve ser o repouso e a recreação do nosso coração que busca em todo momento o Senhor. O jejum e a esmola devem ser os canais tangíveis pelos que o amor de um coração rasgado pelo Senhor alcance tocar as necessidades e as alegrias dos nossos irmãos. Rasgar o coração muitas vezes não é fácil, é até repugnante nesse mundo cada vez mais tristemente individualista e longe do amor de Deus. Contudo é sabendo entregar-nos dia-a-dia a Deus e ao próximo que poderemos encontrar o sentido profundo da vida e especialmente da vida cristã.
Rasgar o nosso coração é empobrecer-nos aos olhos do mundo e das suas vaidades passageiras para enriquecer os demais e amar a Deus sobre todas as coisas. O convite do papa Francisco nesta Quaresma se centraliza especialmente em Cristo que se fez pobre para enriquecer-nos com a sua pobreza (2 Cor 8,9). Cristo foi o primeiro a rasgar o seu Divino Coração por nós. Rasgou com a sua árdua oração na noite do Getsemani; rasgou abandonando-se nos braços do Pai, abstendo-se da sua própria vontade humana que pedia se fosse possível que aquele cálice amargo não fosse bebido por Ele; rasgou o seu coração morrendo e entregando-se a morte e a morte de cruz por nós (Filp 2, 8).
Entendendo assim o espírito destes quarenta dias podemos ter a certeza que a vivência da Quaresma será uma efusão de graças e de bênçãos não só para nós, para a nossa família e comunidade, mas para todo o corpo místico de Cristo que é a Igreja.
O grande paradoxo divino, que São Paulo chama “a loucura da cruz” (1 Cor 1, 18), nos revela que ao entrar pela porta estreita saímos do nosso próprio mundo pessoal e interesseiro para encontrar-nos com Deus e com os demais. A pergunta agora é a seguinte: qual é a porta? Não cabe duvida que a porta central é o nosso coração contrito e humilhado que se assemelha ao coração manso e humilde de Jesus Cristo.
O coração do homem tem uma importância enorme em todo o antigo testamento e é por isso que Deus exorta o seu povo escolhido dizendo: “rasgai os vossos corações, não as vestes” (Jl 2, 13). O que significa isso? Significa abrir, escancarar essa porta para sair, para amar e assim nos converter profundamente, não só de uma maneira externa, superficial, porém conscientes de que Deus sempre vê e se deleita com um coração rasgado, contrito e repleto de arrependimento (Salmo 50/51). Esse clamor de Deus que se dirige ao coração humano é constante e de uma força irresistível em todas as páginas da história da salvação: “não fecheis os corações como em Meriba” (Salmo 94/95).
Nesta Quaresma o nosso coração rasgado deve se traduzir nessa abertura pessoal ao Amor que nos amou primeiro, a Jesus Cristo. A oração deve ser o repouso e a recreação do nosso coração que busca em todo momento o Senhor. O jejum e a esmola devem ser os canais tangíveis pelos que o amor de um coração rasgado pelo Senhor alcance tocar as necessidades e as alegrias dos nossos irmãos. Rasgar o coração muitas vezes não é fácil, é até repugnante nesse mundo cada vez mais tristemente individualista e longe do amor de Deus. Contudo é sabendo entregar-nos dia-a-dia a Deus e ao próximo que poderemos encontrar o sentido profundo da vida e especialmente da vida cristã.
Rasgar o nosso coração é empobrecer-nos aos olhos do mundo e das suas vaidades passageiras para enriquecer os demais e amar a Deus sobre todas as coisas. O convite do papa Francisco nesta Quaresma se centraliza especialmente em Cristo que se fez pobre para enriquecer-nos com a sua pobreza (2 Cor 8,9). Cristo foi o primeiro a rasgar o seu Divino Coração por nós. Rasgou com a sua árdua oração na noite do Getsemani; rasgou abandonando-se nos braços do Pai, abstendo-se da sua própria vontade humana que pedia se fosse possível que aquele cálice amargo não fosse bebido por Ele; rasgou o seu coração morrendo e entregando-se a morte e a morte de cruz por nós (Filp 2, 8).
Entendendo assim o espírito destes quarenta dias podemos ter a certeza que a vivência da Quaresma será uma efusão de graças e de bênçãos não só para nós, para a nossa família e comunidade, mas para todo o corpo místico de Cristo que é a Igreja.
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