por Anderson A. Pitz, LC


Um dos temas mais candentes de hoje em dia é a moral, a ética. Todo ser humano pergunta se está bem ou mal o que faz. Para obter uma resposta deve ter uma medida, alguém que indique como e dentro do que se julgar.

Existe um erro muito comum: ver a moralidade como um conjunto de normas que devo cumprir. Como se fosse normas de trânsito que existem para a ordem social, a boa circulação dos usuários. E do mesmo modo, pensamos ou falamos: "não posso usar anticonceptivos porque está proibido", "as relações pré-matrimoniais não são aceitas" e assim por diante uma lista infinita.

A moralidade vai muito mais além de um conjunto de normas. Se fosse assim, seria apenas uma camisa de força, uma exigência que vem desde o exterior. A moralidade, em realidade, nasce dentro de cada ser humano. Todos nós buscamos o bem nas nossas vidas. Bem não em geral, mas em cada coisa o que fazemos: estudamos para aprender, trabalhamos para adquirir, educamos para formar pessoas do futuro. Do mesmo modo nas menores coisas de cada dia: nos alimentamos para ter forças, sorrimos para ser feliz, etc. Tudo o que fazemos é porque queremos um bem para nós.

A moralidade se converte em verdadeira moralidade quando descobrimos nela o bem enorme para nós: preservar a tua pessoa humana íntegra, o teu ser mais que o teu haver, a tua dignidade mais que a tua utilidade.

Aqui entra o papel da Igreja Católica. Ela nos lembra os valores infinitos, os bens profundos para cada um de nós que estão detrás de cada aspecto da moralidade. Muitas vezes esses bens se ofuscam aos nossos olhos pela cultura, pela deformação da nossa consciência, pelas nossas limitações. Por isso, por ter as vezes essas nuvens diante dos nossos olhos, é que não entendemos certos valores ou "normas" morais que a Igreja defende e exige.

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Aí está o desafio: descubramos os valores que a moralidade traz para cada um de nós. Descubramos como um bem, profundo e infinito. Este é o verdadeiro caminho da felicidade.

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